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Audiência Pública discute o futuro da Santa Casa

Na última sexta-feira(27.06) a comunidade rionovense se uniu aos três poderes constituídos, Executivo, Legislativo e Judiciário, realizando no Espaço Cultural uma Audiência Pública para discutir sobre a atual situação do Hospital de Rio Novo, a Santa Casa de Misericórdia.

Com a presença de várias autoridades e boa participação popular a reunião serviu para esclarecer pontos que geram dúvidas e apontar soluções para os problemas.

A dificuldade financeira ainda é o ponto decisivo para o bom funcionamento da Santa Casa, narrativa percebida na maioria das falas por parte de administradores da instituição e contribuíntes.

O Poder Executivo repassa mensalmente o valor de R$40.000,00 ao hospital, número este insuficiente para equilibrar as receitas e despesas, visto que a Santa Casa tem hoje o seu funcionamento parcial, desde final de maio o atendimento se restringe a consultas não havendo mais internações hospitalares por conta de interdição da Vigilância Sanitária.

O coordenador da Vigilância Sanitária da Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora -SRS/JF, Gilson Lopes Soares explicou bem a situação do hospital, que vem sendo acompanhada há quase 10 anos pela equipe da vigilância sanitária, sempre buscando dar prazos, alertando sobre o Alvará Sanitário, procurando viabilizar sempre o funcionamento e atendimento a população, porém estando no mês de abril na instituição, foram verificados problemas mais graves na última visita, por conta do não atendimento as solicitações anteriores, foi tomada a medida cautelar que limita o hospital a funcionar apenas com atendimento, o fato de ter uma internação sem médicos era problemático.

Todas pendências precisam ser sanadas para que o hospital volte a funcionar completamente. O representante disse que a superintendência aberta a apoiar a instituição, embora saiba que a curto prazo é difícil atender todas as exigências.

O atual Provedor da Santa Casa, Sr. Aragão, apresentou a situação do hospital, dívidas que necessitam ser liquidadas a longo prazo, FGTS, INSS, este último já enviou até intimação solicitando a quitação das dívidas; reafirmando que o problema de recursos financeiros certamente levou a está situação, hoje algumas dívidas menores já foram quitadas, segundo Aragão para se manter a Santa Casa funcionando, é preciso uma receita de no mínimo 80 mil reais mensais, as despesas ficam próximas dos 70 mil reais.

A situação vem se agravando aos poucos, embora a Câmara apoie com devolução de repasses para o Executivo desde o início do ano e até tenha se conseguido colocar médicos na Santa Casa, a administração está no seu limite,  depende de uma ajuda maior do município e do estado, por conta da interdição cautelar, não podendo mais realizar internações, o hospital perdeu aproximadamente 12 mil em receita. O provedor ainda salientou que o Executivo não vem repassando os recursos nas datas acordadas, o que acaba atrasando alguns compromissos.

O prédio da Santa Casa tem ao lado um anexo construído através de convênio, equipá-lo e colocá-lo em funcionamento é a solução apontada pela maioria dos participantes da audiência como a mais viável emergencialmente, instalando no local o atendimento de urgência e emergência, criando uma sala de estabilização no anexo, a proposta seria de que o município assumisse esta responsabilidade, com estas medidas seria garantida a segurança e o atendimento a população, trabalhando em conjunto com o hospital.

Prédio da Santa Casa e ao lado o anexo construído.

Prédio da Santa Casa e ao lado o anexo construído.

O público presente participou também apresentando perguntas à mesa, uma delas feita Sra. Juliana Rooke; – Se houver o fechamento da Santa Casa, haverá atendimento 24h a população de outra forma? A resposta do Sr. Lúcio Alvim, secretário de saúde do município de Rio Novo foi de que haverá sim este atendimento providenciado pelo Executivo.

A reunião encerrou-se com o compromisso assumido por parte da administração do hospital de reunir-se em Assembléia para realizar o planejamento futuro e análises com Executivo, Legislativo e parceiros para o possível funcionamento do anexo.

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